1.
RÁPIDA BIOGRAFIA
Moacir Gadotti é licenciado em
Pedagogia (1967) e em Filosofia (1971). Fez Mestrado em Filosofia da Educação
na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, 1973), Doutorado em
Ciências da Educação na Universidade de Genebra (Suíça, 1977) e Livre Docência
na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, 1986). Em 1991 prestou concurso
para Professor Titular na Universidade de São Paulo. Foi professor de História
e Filosofia da Educação em cursos de graduação e pós-graduação em Educação e
Filosofia de diversas instituições, entre elas a Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia
Universidade Católica de Campinas. Desde 1988 é professor na Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo.
Foi assessor técnico da
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (1983-1984) e Chefe de gabinete da
Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo (1989-1990), na
gestão de Paulo Freire. Atualmente é Professor Titular da Universidade de São
Paulo e diretor do Instituto Paulo Freire.
1.2. OBRAS
- A educação contra a educação. (1981),
- Pedagogia: diálogo e conflito. (Cortez, 1985),
- Educação e compromisso. (Papirus, 1985),
- Pensamento pedagógico brasileiro (1987),
- Educação e poder. (Cortez, 1988),
- Convite à leitura de Paulo Freire (1988),
- Marx: Transformar o Mundo. (FTD, 1989),
- Escola cidadã (1992),
- Histórias das Idéias Pedagógicas (Ática, 1993),
- Pedagogia da Práxis (Cortez, 1995),
- Paulo Freire: Uma bibliografia (Cortez, 1996),
- Perspectivas Atuais da Educação (Artmed, 2000),
- Pedagogia da Terra (Petrópolis, 2000),
- Um legado de esperança (2001),
- Os Mestres de Rousseau (Cortez, 2004),
- Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido (WTC Editora, 2007),
- Educar para outro mundo possível (Publisher Brasil, 2007).
Dentre as obras do Pedagogo e Filosofo Moacir
Gadotti, selecionamos Perspectivas Atuais da Educação (2000) relacionando-a ao
contexto atual da educação. Nesta obra, Gadotti trás inúmeros questionamentos
que podem/devem ser analisados e aplicados no nosso cotidiano enquanto
educadores, como por exemplo:
Qual o papel da educação neste novo contexto
político?
Qual o papel da educação na era da informação?
Quais as perspectivas que podemos apontar para
a educação nesse inicio do terceiro milênio?
O que é ser professor hoje?
Dentre outros mais.
Falando um pouco de História, o grande marco
que deu inicio a evolução do processo informativo, pode ser atribuído a
Revolução Industrial ocorrida no século passado, pois, a partir daí deu-se
inicio ao processo de Globalização. Mas como tal fato pôde ser percebido na educação
já que se tratava apenas de máquinas?
Além de relatada na obra de Gadotti, podemos
perceber, olhando ao nosso redor que estamos na era da informação, as
manchetes, reportagens e acontecimentos se propagam como a rapidez de um
relâmpago através dos meios de comunicação. Em meio a essa realidade as
técnicas de educação tornaram-se obsoletas, os recursos tradicionais de
educação não chamam mais a atenção dos alunos que já estão nascendo de deste
processo evolutivo, estes, que estão cada vez mais informatizados ao contrario
dos adultos nascidos em décadas anteriores.
Não podemos (e nem devemos) lutar contra a
evolução, contra a informatização e o avanço da informação, contudo, vale ressaltar
que apesar do conhecimento ser um direito de todos, nem todos tem acesso direto
a ele. As escolas (principalmente as localizadas mais distantes das capitais)
não são munidas de tantos equipamentos e recursos tecnológicos e quando os têm,
em sua maioria, não passa de um computador apenas, e restrito apenas para o uso
do corpo docente. Com isso o papel da Escola assim como o papel do Educador
acaba ficando um pouco perdido em meio a tal conjuntura. Do ponto de vista de
Gadotti (assim como de outros estudiosos).
“A escola deve ensinar a pensar criticamente.
Para isso é preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a
linguagem eletrônica”.
O processo educativo deve estar focado na transformação social, ensinando o individuo a pensar criticamente. Em meio à disseminação de tantas informações, cabe ao professor “ensinar” o aluno a selecionar as informações que possam vir a serem proveitosas.
Com o surgimento de uma nova era (uma
revolução que ocasionou a Era da Revolução da Informação), a visão do professor
tornou-se ultrapassada, afinal, como “o conhecimento pode ser adquirido em
qualquer lugar e a qualquer hora”, quase não se precisa do espaço físico
Escola, e logo, não se necessita também da presença física do Professor. Os
muros, salas e corredores, cederam lugar aos AVAs (Ambientes Virtuais de
Aprendizagens), evoluindo para a modalidade de ensino a distância popularmente
conhecidos como EAD.
Apesar de tantos incentivos aos meios
educativos e tecnológicos de aprendizagens e o surgimento da EAD, esta
realidade ainda não se tornou democrática e resulta no acesso apenasdo
cotidiano de uma minoria. Mas se o conhecimento é direito de todos, por que
apenas uma minoria?
O processo de aprendizagem é um direito de
todos, porém, como já fora dito parágrafos acima a realidade das nossas escolas
não é bem esta. A grande maioria (não só alunos, mas, também professores acabam
por sua vez fazendo parte de um grupo de excluídos, integrando um sistema maior
e que não tem as dificuldades, inseridos nos gráficos do governo).
MAIS A EDUCAÇÃO NÃO É PARA TODOS?
A educação sim,
porém, a boa educação ainda não. Em algum momento de sua obra Gadotti ressalta
que “o nível de desenvolvimento de um
país é medido pelo seu nível de educação”. Tão logo percebemos por que
ainda somos um país de 3° mundo.
Todo processo, não só
educativo como evolucional, devem partir do conceito de organização, a nossa
Escola esta mais do que nunca necessitando de mais uma vez se reorganizar para
que possa participar ativamente desse processo pelo que estamos vivenciando.
Independente do contexto em que estamos inseridos, o educador sempre será o
mediador do conhecimento, o aluno sempre será o sujeito da sua própria formação
e a escola precisa ser o centro de todo esse processo.
Na aprendizagem as perspectivas
atuais da Educação é envolver e estabelecer ideias lógicas e concretas sobre o
que se deseja alcançar do aprendiz que se propõe ensinar. Algumas escolas vêm
adotando modalidades de registros escritos qualitativos, para o avanço
qualitativo das aprendizagens dos estudantes.
As
perspectivas renovadas da aprendizagem é levar os professores a fazer
comregistros dos aspectos positivos e negativos dos alunos, com o objetivo de
detectar se houve realmente desempenho na aprendizagem sobre o que lhe foi ensinado.
É preciso planejar situações em que os estudantes demonstrem como chegaram a
determinados resultados e possam explicitar as estratégias que o levaram a
resolução do problema Com isso a auto avaliação, precisa fazer parte do
cotidiano escolar do estudante, do professor, do coordenador pedagógicoe de
todos que estão envolvidos neste processo, para que desta formaa aprendizagem
se torne mais satisfatória, prazerosa e significativa para todos abrangendo
assim os objetivos aos quais se propõe os órgãos educacionais.
A questão é deste modo o professor trabalha quase que individualmente
cada aluno e nem todos estão dispostos ou se propõem a “ter mais trabalho” por
conta do comodismo de se trabalhar com pessoas como se fossem rótulos, a velha
forma de inserir uma nota, independente do contexto daquela avaliação.
Concluindo
percebe-se que Moacir é um apaixonado pela educação de qualidade, assim como
Paulo Freire que tanto contribuiu para melhorias no ato de ensinar e aprender.
Ele acredita na educação de mudança, significado e inclusão e não no mero faz
de conta que o sistema atual propõe.
EQUIPE RESPONSÁVEL:
ÂNGELA ANTÔNIA SANT`ANA,
CARINE FERREIRA SILVA DOS SANTOS,
PATRÍCIA MARIA DOS SANTOS DA CRUZ e
REBECA DOS SANTOS.
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