sábado, 2 de junho de 2012

JOSÉ CARLOS LIBÂNEO


José Carlos Libâneo

    José Carlos Libâneo, nasceu em Angatuba, interior do estado de São Paulo, em 1945 e fez seus estudos iniciais e o ensino médio no Seminário Diocesano de Sorocaba (SP).Graduou-se em filosofia na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), em 1966. “MESTRE” da educação escolar brasileira concluído em 1984 e “DOUTOR” em educação, posteriormente. Sua dissertação de mestrado em filosofia da educação mostra sua preocupação com as práticas pedagógicas. Em sua tese de doutora-mento, deixa isso claro e examina sobre os fundamentos teóricos e práticos do trabalho docente. Libaneo é bastante conhecido no meio educacional pelas profundas contribuições teóricas que produz na área. Articula uma reflexão crítica sobre a natureza histórico- social dos conteúdos de ensino e a própria didática de transmissão destes conhecimentos. Ele ensina pesquisa e escreve sobre assuntos de teoria da educação, Didática, política Educacional e Escola pública. É atualíssimo os seus conhecimentos e seus compromissos com o projeto político pedagógico da escola. Iniciou suas atividades profissionais em 1967, como Diretor do Ginásio Estadual Pluricurricular Experimental (SP), por seis anos. Em 1973 fundou e dirigiu por três anos o Centro de Treinamento e Formação de Professores da secretaria da Educação Estadual em Goiânia. A partir de 1975, tornou-se professor da faculdade de educação da Universidade Federal de Goiás. Libâneo E Educação – A Escola, O Professor e a aprendizagem. Para Libâneo as necessidades educativas presentes, tornam a escola um lugar de mediação cultural, e a pedagogia, ao viabilizar a educação, é a pratica cultural intencional de produção e internalização de significados. Os alunos recebem do professor, meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolares interligados e indissociáveis. As crianças vão à escola para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo, para isso é necessário pensar – estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva. A didática hoje precisa se comprometer-se com a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à aprendizagem do pensar. O professor tem papel de mediador na preparação do aluno para o pensar e para isso é fundamental que ele entenda o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar. O ensino impulsionará o desenvolvimento das competências cognitivas, mediante a formação de conceitos teóricos. Posição Frente Às Tendências Libâneo é o autor referencia da teoria “tendências pedagógicas”, porém é a favor da tendência crítico-social dos conteúdos.

 

Algumas Obras:

O livro discute questões relacionadas com o campo teórico da Pedagogia, a prática educativa como seu objeto, a relação com as demais ciências da educação, a identidade profissional do pedagogo e seu papel diante das realidades contemporâneas.









A presente coletânea reúne textos alicerçados na pesquisa e nas práticas dos professores da área de Educação. Seus autores são docentes-pesquisadores de diversas especialidades, dedicados a pensar e sistematizar experiências que busquem facilitar o domínio das teorias emergentes pelos alunos, preparando-os para um mundo em permanente mudança. Cada texto desta coletânea alude ao desafio de explicar e sistematizar a multiplicidade de referências que prenuncia uma diferente era. Os leitores encontrarão nesta coletânea uma revisão crítica das teorias pedagógicas modernas em face do embate entre modernidade e pós-modernidade e uma tentativa de agrupamento das correntes pedagógicas contemporâneas. 


 
A Didática é tratada neste livro como ramo de estudo da pedagogia partindo dos vínculos entre finalidades sociopolíticas e técnicas da direção do processo de ensino e aprendizagem. José Carlos Líbano propõe o estudo sistemático da Didática com teoria do processo de ensino de modo a unir a preparação teórica e prática na formação profissional do professor.
Constitui-se, assim, como disciplina integradora que, ao buscar os conhecimentos teóricos e práticos da Teoria da Educação, Psicologia, Sociologia e Metodologias específicas das matérias de ensino, generaliza princípios, condições e meios que são comuns e básicos para a docência de todas as matérias escolares. 


            
  
           José Carlos Libâneo insere-se no movimento dos educadores interessados em discutir e viabilizar políticas e ações em torno da Escola Pública Democrática, enquanto instância ligada ao esforço coletivo de democratização da sociedade como um todo. Sua proposta enfatiza a importância do trabalho docente na escola, o que requer um esforço de juntar a teoria e a pesquisa à prática dos professores, de modo que esta traduz a crítica em resposta necessária à democratização da escola pública.




Este livro proporciona aos futuros professores e gestores dos sistemas de ensino e das escolas bases conceituais para uma análise dos aspectos sociopolíticos, históricos, legais, pedagógicos, possibilitando uma visão crítica-compreensiva dos contextos em que os profissionais da educação exercem suas atividades. 








 Nas sociedades pós-industriais ocupam lugar central a informação e o conhecimento. Emergem no âmbito da produção e das instituições novas formas de trabalho, entre elas o trabalho intelectual, o trabalho interativo, o trabalho comunicacional.  As transformações atingem as escolas e o trabalho dos pedagogos e professores, suscitando rearranjos no seu papel. Este livro discute os dilemas emergentes dessas novas realidades, identifica novas exigências educacionais e, principalmente, procura pensar proposições assertivas sobre a escola e os professores dentro de um projeto emancipatório de educação.
                    

MAIS UM POUCO SOBRE ESTE MESTRE

O livro Didática de José Carlos Libâneo, trata dos processos de Ensino na Escola sob os seguintes temas:

As características do processo de ensino;

Processos didáticos básicos: ensino e aprendizagem;

Estrutura, componente e dinâmica do processo de ensino;

A estruturação do trabalho docente;

O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico. 

No contexto das características do processo de ensino observamos o ensino tradicional onde o professor ‘’passa’’ a matéria, os alunos respondem, exercitam na classe ou em casa, e acabam decorando tudo para o dia da prova, logo nesta concepção ainda existe o sistema da ”decoreba”. 

Os desafios da escola e da didática hoje e a contribuição da teoria histórico-social da atividade em face das necessidades educativas presentes, a escola continua sendo lugar de mediação cultural e a pedagogia, ao viabilizar a educação, constituem-se como prática cultural intencional de produção e internalização de significados para, de certa forma, promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos indivíduos.

O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores, é o provimento aos alunos dos meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolar interligados e indissociáveis.com efeito, as crianças e jovens vão à escola para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo. Para isso, é necessário pensar – estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva, desenvolver as competências do pensar. A didática tem o compromisso com a busca da qualidade cognitiva das aprendizagens, esta, por sua vez, associada à aprendizagem do pensar. Cabe-lhe investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes e críticos, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, em face de dilemas e problemas da vida prática.

A razão pedagógica está também, associada, inerentemente, a um valor intrínseco, que é a formação humana, visando a ajudar os outros a se educarem, a serem pessoas dignas, justas, cultas, aptas a participar ativa e criticamente na vida social, política, profissional, cultural. Este texto apóia-se em duas crenças, uma, que a escola continua sendo uma instância necessária de democratização intelectual e política; outra, que uma política educacional inclusiva deve estar fundamentada na idéia de que o elemento nuclear da escola é a atividade de aprendizagem, lastreada no pensamento teórico, associada aos motivos dos alunos, sem o que as escolas não seriam verdadeiramente inclusivas. Estudos recentes sobre os processos do pensar e do aprender, para além da acentuação do papel ativo dos sujeitos na aprendizagem, insistem na necessidade dos sujeitos desenvolverem competências e habilidades cognitivas.

Para castells, a tarefa das escolas e dos processos educativos é o de desenvolver em quem está aprendendo a capacidade de aprender, em razão de exigências postas pelo volume crescente de dados acessíveis na sociedade e nas redes informacionais, da necessidade de lidar com um mundo diferente e, também, de educar a juventude em valores e ajudá-la a construir personalidades flexíveis e eticamente ancoradas também Morin expressa com muita convicção a exigência de se desenvolver uma inteligência geral que saiba discernir o contexto, o global, o multidimensional, a interação complexa dos elementos. 

É em razão dessas demandas que a didática precisa incorporar as investigações mais recentes sobre modos de aprender e ensinar e sobre o papel mediador do professor na preparação dos alunos para o pensar. Mais precisamente, será fundamental entender que o conhecimento supõe o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar. Nesse caso, a característica mais destacada do trabalho de professor é a mediação docente pela qual ele se põe entre o aluno e o conhecimento para possibilitar as condições e os meios de aprendizagem, ou seja, as mediações cognitivas. 

O suporte teórico de partida é o princípio vigotskiano de que a aprendizagem é uma articulação de processos externos e internos, visando a internalização de signos culturais pelo indivíduo, o que gera uma qualidade auto-reguladora às ações e ao comportamento dos indivíduos. esta formulação realça a atividade sócio-histórica e coletiva dos indivíduos na formação das funções mentais superiores, portanto o caráter de mediação cultural do processo do conhecimento e, ao mesmo tempo, a atividade individual de aprendizagem pela qual o indivíduo se apropria da experiência sócio-cultural como ser ativo. Todavia, considerando-se que os saberes e instrumentos cognitivos se constituem nas relações intersubjetivas, sua apropriação implica a interação com os outros já portadores desses saberes e instrumentos. Em razão disso é que a educação e o ensino se constituem formas universais e necessárias do desenvolvimento mental, em cujos processos se ligam os fatores socioculturais e as condições internas dos indivíduos. O que está em questão é como o ensino pode impulsionar o desenvolvimento das competências cognitivas mediante a formação de conceitos e desenvolvimento do pensamento teórico e por quais meios os alunos podem melhorar e potencializar sua aprendizagem. Em outras palavras, trata-se de saber o que e como fazer para estimular as capacidades investigadoras dos alunos ajudando-os a desenvolver competências e habilidades mentais. Em razão disso, uma didática a serviço de uma pedagogia voltada para a formação de sujeitos pensantes e críticos deverá salientar em suas investigações as estratégias pelas quais os alunos aprendem a internalizar conceitos, competências e habilidades do pensar, modos de ação, que se constituam em “instrumentalidades” para lidar praticamente com a realidade: resolver problemas, enfrentar dilemas, tomar decisões, formular estratégias de ação.

 

EQUIPE RESPONSÁVEL:
ANA CLÁUDIA,
CARLIANE GOMES,
ELIANA DOS SANTOS LIMA,
GILENO PEREIRA SILVA e
MARÍLIA OLIVEIRA.

 

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BIOGRAFIA

 

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