José Carlos Libâneo
José
Carlos Libâneo, nasceu em Angatuba, interior do estado de São Paulo, em 1945 e
fez seus estudos iniciais e o ensino médio no Seminário Diocesano de Sorocaba
(SP).Graduou-se em filosofia na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo), em 1966. “MESTRE” da educação escolar brasileira concluído em 1984 e
“DOUTOR” em educação, posteriormente. Sua dissertação de mestrado em filosofia
da educação mostra sua preocupação com as práticas pedagógicas. Em sua tese de
doutora-mento, deixa isso claro e examina sobre os fundamentos teóricos e
práticos do trabalho docente. Libaneo é bastante conhecido no meio educacional
pelas profundas contribuições teóricas que produz na área. Articula uma reflexão
crítica sobre a natureza histórico- social dos conteúdos de ensino e a própria
didática de transmissão destes conhecimentos. Ele ensina pesquisa e escreve
sobre assuntos de teoria da educação, Didática, política Educacional e Escola
pública. É atualíssimo os seus conhecimentos e seus compromissos com o projeto
político pedagógico da escola. Iniciou suas atividades profissionais em 1967,
como Diretor do Ginásio Estadual Pluricurricular Experimental (SP), por seis
anos. Em 1973 fundou e dirigiu por três anos o Centro de Treinamento e Formação
de Professores da secretaria da Educação Estadual em Goiânia. A partir de 1975,
tornou-se professor da faculdade de educação da Universidade Federal de Goiás.
Libâneo E Educação – A Escola, O Professor e a aprendizagem. Para Libâneo as
necessidades educativas presentes, tornam a escola um lugar de mediação
cultural, e a pedagogia, ao viabilizar a educação, é a pratica cultural
intencional de produção e internalização de significados. Os alunos recebem do
professor, meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das
capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolares
interligados e indissociáveis. As crianças vão à escola para aprender cultura e
internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo, para
isso é necessário pensar – estimular a capacidade de raciocínio e julgamento,
melhorar a capacidade reflexiva. A didática hoje precisa se comprometer-se com
a qualidade cognitiva das aprendizagens e esta, por sua vez, está associada à
aprendizagem do pensar. O professor tem papel de mediador na preparação do
aluno para o pensar e para isso é fundamental que ele entenda o desenvolvimento
do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos
sistemáticos do pensar. O ensino impulsionará o desenvolvimento das
competências cognitivas, mediante a formação de conceitos teóricos. Posição
Frente Às Tendências Libâneo é o autor referencia da teoria “tendências
pedagógicas”, porém é a favor da tendência crítico-social dos conteúdos.
Algumas Obras:
O livro discute questões relacionadas com o campo teórico da
Pedagogia, a prática educativa como seu objeto, a relação com as demais
ciências da educação, a identidade profissional do pedagogo e seu papel diante
das realidades contemporâneas.
A presente coletânea reúne textos alicerçados na pesquisa e nas
práticas dos professores da área de Educação. Seus autores são
docentes-pesquisadores de diversas especialidades, dedicados a pensar e
sistematizar experiências que busquem facilitar o domínio das teorias
emergentes pelos alunos, preparando-os para um mundo em permanente mudança. Cada
texto desta coletânea alude ao desafio de explicar e sistematizar a
multiplicidade de referências que prenuncia uma diferente era. Os leitores
encontrarão nesta coletânea uma revisão crítica das teorias pedagógicas
modernas em face do embate entre modernidade e pós-modernidade e uma tentativa
de agrupamento das correntes pedagógicas contemporâneas.
A Didática é tratada neste livro como ramo de estudo da
pedagogia partindo dos vínculos entre finalidades sociopolíticas e técnicas da
direção do processo de ensino e aprendizagem. José Carlos Líbano propõe o
estudo sistemático da Didática com teoria do processo de ensino de modo a unir
a preparação teórica e prática na formação profissional do professor.
Constitui-se, assim, como disciplina integradora que, ao buscar
os conhecimentos teóricos e práticos da Teoria da Educação, Psicologia,
Sociologia e Metodologias específicas das matérias de ensino, generaliza
princípios, condições e meios que são comuns e básicos para a docência de todas
as matérias escolares.
José
Carlos Libâneo insere-se no movimento dos educadores interessados em discutir e
viabilizar políticas e ações em torno da Escola Pública Democrática, enquanto
instância ligada ao esforço coletivo de democratização da sociedade como um
todo. Sua proposta enfatiza a importância do trabalho docente na escola, o que
requer um esforço de juntar a teoria e a pesquisa à prática dos professores, de
modo que esta traduz a crítica em resposta necessária à democratização da
escola pública.
Este livro proporciona aos futuros professores e gestores dos
sistemas de ensino e das escolas bases conceituais para uma análise dos
aspectos sociopolíticos, históricos, legais, pedagógicos, possibilitando uma
visão crítica-compreensiva dos contextos em que os profissionais da educação
exercem suas atividades.
Nas sociedades
pós-industriais ocupam lugar central a informação e o conhecimento. Emergem no
âmbito da produção e das instituições novas formas de trabalho, entre elas o
trabalho intelectual, o trabalho interativo, o trabalho comunicacional. As transformações atingem as escolas e o
trabalho dos pedagogos e professores, suscitando rearranjos no seu papel. Este
livro discute os dilemas emergentes dessas novas realidades, identifica novas
exigências educacionais e, principalmente, procura pensar proposições
assertivas sobre a escola e os professores dentro de um projeto emancipatório
de educação.
MAIS UM POUCO SOBRE ESTE MESTRE
O livro Didática
de José Carlos Libâneo, trata dos processos de Ensino na Escola sob os
seguintes temas:
As características do processo de ensino;
Processos didáticos básicos: ensino e aprendizagem;
Estrutura, componente e dinâmica do processo de ensino;
A estruturação do trabalho docente;
O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico.
No contexto das características do processo de ensino observamos o ensino tradicional onde o professor ‘’passa’’ a matéria, os alunos respondem, exercitam na classe ou em casa, e acabam decorando tudo para o dia da prova, logo nesta concepção ainda existe o sistema da ”decoreba”.
Os desafios da escola e da didática hoje e a contribuição da teoria histórico-social da atividade em face das necessidades educativas presentes, a escola continua sendo lugar de mediação cultural e a pedagogia, ao viabilizar a educação, constituem-se como prática cultural intencional de produção e internalização de significados para, de certa forma, promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos indivíduos.
O modus faciendi dessa mediação cultural, pelo trabalho dos professores, é o provimento aos alunos dos meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolar interligados e indissociáveis.com efeito, as crianças e jovens vão à escola para aprender cultura e internalizar os meios cognitivos de compreender o mundo e transformá-lo. Para isso, é necessário pensar – estimular a capacidade de raciocínio e julgamento, melhorar a capacidade reflexiva, desenvolver as competências do pensar. A didática tem o compromisso com a busca da qualidade cognitiva das aprendizagens, esta, por sua vez, associada à aprendizagem do pensar. Cabe-lhe investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes e críticos, capazes de pensar e lidar com conceitos, argumentar, resolver problemas, em face de dilemas e problemas da vida prática.
A razão pedagógica está também, associada, inerentemente, a um valor intrínseco, que é a formação humana, visando a ajudar os outros a se educarem, a serem pessoas dignas, justas, cultas, aptas a participar ativa e criticamente na vida social, política, profissional, cultural. Este texto apóia-se em duas crenças, uma, que a escola continua sendo uma instância necessária de democratização intelectual e política; outra, que uma política educacional inclusiva deve estar fundamentada na idéia de que o elemento nuclear da escola é a atividade de aprendizagem, lastreada no pensamento teórico, associada aos motivos dos alunos, sem o que as escolas não seriam verdadeiramente inclusivas. Estudos recentes sobre os processos do pensar e do aprender, para além da acentuação do papel ativo dos sujeitos na aprendizagem, insistem na necessidade dos sujeitos desenvolverem competências e habilidades cognitivas.
Para castells, a tarefa das escolas e dos processos educativos é o de desenvolver em quem está aprendendo a capacidade de aprender, em razão de exigências postas pelo volume crescente de dados acessíveis na sociedade e nas redes informacionais, da necessidade de lidar com um mundo diferente e, também, de educar a juventude em valores e ajudá-la a construir personalidades flexíveis e eticamente ancoradas também Morin expressa com muita convicção a exigência de se desenvolver uma inteligência geral que saiba discernir o contexto, o global, o multidimensional, a interação complexa dos elementos.
É em razão dessas demandas que a didática precisa incorporar as investigações mais recentes sobre modos de aprender e ensinar e sobre o papel mediador do professor na preparação dos alunos para o pensar. Mais precisamente, será fundamental entender que o conhecimento supõe o desenvolvimento do pensamento e que desenvolver o pensamento supõe metodologia e procedimentos sistemáticos do pensar. Nesse caso, a característica mais destacada do trabalho de professor é a mediação docente pela qual ele se põe entre o aluno e o conhecimento para possibilitar as condições e os meios de aprendizagem, ou seja, as mediações cognitivas.
O suporte teórico de partida é o princípio vigotskiano de que a aprendizagem é uma articulação de processos externos e internos, visando a internalização de signos culturais pelo indivíduo, o que gera uma qualidade auto-reguladora às ações e ao comportamento dos indivíduos. esta formulação realça a atividade sócio-histórica e coletiva dos indivíduos na formação das funções mentais superiores, portanto o caráter de mediação cultural do processo do conhecimento e, ao mesmo tempo, a atividade individual de aprendizagem pela qual o indivíduo se apropria da experiência sócio-cultural como ser ativo. Todavia, considerando-se que os saberes e instrumentos cognitivos se constituem nas relações intersubjetivas, sua apropriação implica a interação com os outros já portadores desses saberes e instrumentos. Em razão disso é que a educação e o ensino se constituem formas universais e necessárias do desenvolvimento mental, em cujos processos se ligam os fatores socioculturais e as condições internas dos indivíduos. O que está em questão é como o ensino pode impulsionar o desenvolvimento das competências cognitivas mediante a formação de conceitos e desenvolvimento do pensamento teórico e por quais meios os alunos podem melhorar e potencializar sua aprendizagem. Em outras palavras, trata-se de saber o que e como fazer para estimular as capacidades investigadoras dos alunos ajudando-os a desenvolver competências e habilidades mentais. Em razão disso, uma didática a serviço de uma pedagogia voltada para a formação de sujeitos pensantes e críticos deverá salientar em suas investigações as estratégias pelas quais os alunos aprendem a internalizar conceitos, competências e habilidades do pensar, modos de ação, que se constituam em “instrumentalidades” para lidar praticamente com a realidade: resolver problemas, enfrentar dilemas, tomar decisões, formular estratégias de ação.
EQUIPE
RESPONSÁVEL:
ANA
CLÁUDIA,
CARLIANE GOMES,
CARLIANE GOMES,
ELIANA
DOS SANTOS LIMA,
GILENO
PEREIRA SILVA e
MARÍLIA
OLIVEIRA.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
A SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA O CRESCIMENTO DO NOSSO INTELECTO. MUITO OBRIGADO.